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sexta-feira, 16 de março de 2012

Estádio do Corinthians: Corintão ou Corintião?




Finalmente, aquilo que a grande torcida do Corinthians tanto aguardava: o Corintão (ou Corintião?). O estádio do Corinthians ficou pronto no início do mês de outubro de 1969. Apenas um pequeno detalhe, na maquete... Era a época do "boom" dos estádios no Brasil. Belo Horizonte já tinha o Mineirão, Porto Alegre construia o Beira Rio e Curitiba preparava o gigantesco Pinheirão, que também só ficou no projeto. Vários estádios foram levantados nas capitais do Nordeste. Naquele momento construir estádios não era problema e isso sem o Brasil sediar uma Copa do Mundo (fez apenas uma Minicopa em 1972, para celebrar o sesquicentenário da independência). O país vivia os primeiros momentos do "milagre econômico" e o Governo Militar em busca de popularidade, não poupou recursos para essas obras.
Na capital paulista, o Morumbi estava sendo ampliado, mas vejam só, ficava na "contramão", era muito longe para os padrões da época. O já tradicional Pacaembu (palavra que significa "lugar onde as pacas bebem") não comportava mais do que 60 mil pessoas e sem confôrto. Era o que constatava uma matéria da Revista Veja publicada em 02.10.1969, que anunciava o projeto do estádio do Corinthians.
O time com a maior torcida de São Paulo não queria jogar mais no Pacaembu. Daí surgiu o projeto do arquiteto Sérgio Bernardes. Deveria ser o maior e mais avançado estádio coberto do mundo (com placas de vidro que permitiriam a luz natural), capaz de receber mais de 100 mil pessoas. O projeto  previa que o grande templo do futebol fosse integrado com cinema, teatro, espaço para convenções (capaz de receber 3 mil pessoas), ringue de patinação no gêlo, duas piscinas olímpicas e para saltos ornamentais, quadras para varias modalidades esportivas (basquete, vôlei e tênis) e estacionamento coberto com capacidade para 4 mil carros. Ufa... Mas não parava aí. Contaria também com gramado suspenso e embaixo do mesmo três vestiários. Faltava apenas um pequeno detalhe: o terreno. Mas onde? Em algum lugar da marginal Tietê. Pelo menos era a promessa do então prefeito de São Paulo, brigadeiro Faria Lima (sim, aquele que dá nome à famosa avenida). Bem, como se sabe o terreno demorou anos para sair, e não na Marginal, mas sim em Itaquera.
 O prefeito Faria Lima ficou conhecido por alargar ruas, avenidas e por ter iniciado, tardiamente para a cidade de São Paulo, a construção do Metrô. Mas essa do estádio não deu para emplacar. Azar do craque corintiano Rivelino, que na época se queixava dos buracos do Pacaembu.
A foto da maquete (acima) foi publicada na mesma edição já citada da Revista Veja. Só que ficou uma dúvida: Corintão ou Corintião???

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