De cara, vamos esclarecer algumas afirmações referentes ao cantor Elvis Presley (na foto acima, de 1968) e sua relação com o Brasil. Nenhum jornalista brasileiro realizou uma entrevista exclusiva com ele! Errado. Nenhum artista ou músico brasileiro teve uma composição gravada por ele! Errado. Nenhuma cantora brasileira se apresentou no mesmo programa de televisão e no mesmo dia que ele! Errado. Nenhum médico brasileiro o examinou! Também errado.
Feito isso, vamos aos fatos. Elvis Presley encontrou-se com uma jornalista brasileira, logo no seu primeiro ano de sucesso, em 1956. O seu nome era Dulce Damasceno de Brito (1926-2008), correspondente dos Diários Associados e da revista "O Cruzeiro" em Hollywood. Dulce também fez entrevistas com astros da época de ouro do cinema norte-americano: Marlon Brando, Marylin Monroe, John Wayne, Burt Lancaster, Rock Hudson, Marlene Dietrich, Clark Gable, Bete Davis, Gregory Peck, Charlton Heston, Orson Welles... Ufa! Seria mais fácil citar quem ela não entrevistou. Ah, e Carmen Miranda? Dulce esteve em sua casa na mesma noite em que a cantora faleceu. E, com um detalhe, a máquina fotográfica foi testemunha de tudo!
Com Elvis Presley não foi diferente, como mostra a foto acima, tirada em 1956, com Dulce ao lado de Elvis. Aquele que já estava sendo chamado de "O Rei do Rock'n Roll" debutava no cinema em uma produção da 20th. Century Fox, "Ama-me com Ternura" (Love Me Tender), cujo título original seria The Reno Brothers. Bem, na verdade, uma improvisação conseguida pelo seu ardiloso empresário, o Coronel Tom Parker (vejam só, nos Estados Unidos também existiam esses "coronéis civis"...), para encaixar o seu pupilo em Hollywood, em uma produção que já estava programada, um western, quase um filme B. Não era o que o próprio Elvis desejava, porque pouco antes, ele mesmo havia anunciado que faria a sua estréia em uma grande produção, ao lado da renomada atriz Katherine Hepburn. Mas não rolou!
Elvis Presley imaginava que o rock era uma moda passageira e que o seu futuro era no cinema. Bem, todos sabem que ele não se destacou no quesito interpretação, mas também não fez feio. Vamos imaginar aquele rapaz de origem pobre, do atrasado meio-oeste americano, mais precisamente o Tennessee, um estado conservador, sem nenhuma experiência de interpretação, nem mesmo no teatro da escola. E foram 30 filmes no total e 2 documentários de seus shows! Na verdade, devemos ver os mesmos como se fizessem parte de um seriado, pois, em termos práticos, ele interpretava um só personagem: Elvis Presley. Em algumas dessas produções, os números musicais foram mais bem montados ou então, Elvis encontrou uma parceira à sua altura, que sabia cantar e dançar. Foi exatamente o caso da sueca Ann-Margret, com quem contracenou em "Viva Las Vegas" (1963). Aliás, nos sets de filmagens, aconteceram coisas mais sérias entre os dois, do que decorar o roteiro fraco e de poucas falas...
Mas, voltemos a tal entrevista. A mesma não revelou nada de consistente a respeito do astro, como relatou a própria Dulce Damasceno de Brito em seu livro "Hollywood, Nua e Crua" (esgotado e que pode ser encontrado em sebos), onde fez um balanço dos seus anos como correspondente na meca do cinema (na imagem acima, duas páginas do livro).
Dulce o achou muito tímido, respondendo as perguntas com poucas palavras. A jornalista teve a impressão de Elvis ser uma pessoa apegada aos valores religiosos e à família (na imagem acima, Dulce e Elvis em outra foto). Ao mesmo tempo, o cantor (e também ator...) mostrou-se muito educado com Dulce e despediu-se da mesma com um "até breve".
Ah, muitos irão dizer que a jornalista não soube conduzir a entrevista. Bem, em toda a sua carreira, Elvis não deu sequer uma única declaração à imprensa, que devesse ser lembrada como algo memorável (na foto acima, Elvis nas filmagens de "Ama-me com Ternura"). Ele era evasivo e o seu empresário, o Coronel Tom Parker, tem muito a ver com isso. Sempre por perto, o Coronel tinha receio de que o inexperiente garoto se envolvesse em temas polêmicos e cortava o jornalista que ameaçasse entrar nessas searas. Por exemplo, Elvis jamais criticou o governo norte-americano por tê-lo convocado para o Exército no auge de sua carreira, retirando-o do circuito artístico por quase dois anos! Na ocasião, muitos chegaram a prever o fim de sua trajetória.
Pois bem, menos de um ano depois da entrevista para Dulce Damasceno de Brito, Elvis vivia o auge do sucesso e ia para a sua terceira participação em uma das principais atrações da televisão dos Estados Unidos: o Toast of the Town. O programa era comandado por um dos mais conhecidos apresentadores da história da televisão americana, Ed Sullivan e levado ao ar pela rede CBS, a partir de Nova Iorque. E eis que, na noite em que ia se apresentar, 6 de janeiro de 1957, Elvis topa com uma cantora brasileira nos bastidores do programa. Trata-se da paulista (nascida em Santos), Hilda Campos Soares da Silva, cujo nome artístico era Leny Eversong, a qual, na época, iniciava a sua carreira nos Estados Unidos (na foto acima, Elvis, Leny Eversong e o apresentador Ed Sullivan, na noite em que os dois se exibiram).
Desde criança, Leny (no recorte de jornal acima, com Elvis e Ed Sullivan) tinha facilidade para cantar em inglês, embora não dominasse bem a língua. A sua interpretação era praticamente feita de ouvido e atraia a atenção por sua voz grave e forte, especializando-se em jazz, fox e musicas latino-americanas, embora também tivesse gravado MPB (Música Popular Brasileira), incluindo Lupicínio Rodrigues, Vinicius de Moraes, Tom Jobim, Francis Hime, entre outros. Ouvir esses compositores na voz de Leny Eversong é uma surpresa das mais agradáveis e, felizmente, o Youtube esta aí para comprovar.
Leny Eversong (nas fotos acima, em Las Vegas e como atração no cassino Thunderbird) interpretou duas canções no programa de Ed Sullivan: Cumbanchero e Jezebel. Uma enorme responsabilidade, pois a sua participação era intercalada com as de Elvis Presley. A cantora foi muito bem recebida e a sua presença no programa ajudou a abrir as portas do show business para Leny, inclusive em Las Vegas, onde a cantora fez várias temporadas no final dos anos de 1950 e início da década seguinte. Nessa época, com certeza, foi a única brasileira a fazer shows por lá.
Além desse roteiro invejável para qualquer outro artista, Leny Eversong fez gravações em estúdio, inclusive acompanhada pela orquestra do maestro, arranjador e compositor Neal Hefti (foto acima, selo do disco), o qual, para quem não lembrar, foi o autor do conhecidíssimo tema de abertura do seriado Batman, da década de 1960. Também se apresentou na Argentina, Venezuela, Cuba, México e França.
Leny Eversong era questionada pelos críticos brasileiros pelo fato de não interpretar as nossas músicas quando se apresentava nos Estados Unidos (na foto acima, disco em francês de Leny Eversong, gravado em 1958). Um dos argumentos da cantora, era de que os músicos locais não tinham muita familiaridade com o samba, estando mais habituados aos ritmos caribenhos, como a rumba e o mambo. Leny temia inserir uma música brasileira que, na apresentação, acabasse dando a impressão de ser outro ritmo ou um samba com batida (percussão) de rumba.
A carreira de Leny Eversong (na foto acima, ao lado de Elvis Presley no Toast of the Town) parou no início da década de 1970, quando uma tragédia pessoal a deixou profundamente abatida. Em 1973, o seu marido saiu para comprar cigarros e nunca mais apareceu. O caso jamais foi esclarecido! Posteriormente, realizou aparições esporádicas em programas de televisão e faleceu, completamente esquecida, em 1984, vítima de diabetes. Mais recentemente, no início deste século, a cantora começou a ter a sua obra resgatada, sobretudo através do trabalho do pesquisador da MPB (e de nossas cantoras) Rodrigo Faour.
O nome de Leny Eversong está registrado no show business e, felizmente, a apresentação que realizou no noite de domingo, dia 6 de janeiro de 1957, no programa de Ed Sullivan pode ser vista no Youtube (na imagem acima, uma nota do jornal O Estado de S. Paulo, do dia 13 de janeiro de 1957, sobre a aparição de Leny Eversong no programa).
Da mesma forma, as sete canções interpretadas por Elvis Presley também (nas fotos acima, o ensaio dos números musicais desse mesmo show), entre elas Hound Dog, Love Me Tender, Heartbreak Hotel e Don't Be Cruel. Uma curiosidade, foi nessa apresentação de Elvis que Ed Sullivan teria insistido para que o cantor fosse focalizado da cintura para cima, pois os seus rebolados poderiam chocar a audiência do programa. Ao final das apresentações, Ed Sullivan deu uma espécie de "benção" ao cantor, afirmando que o mesmo era um "rapaz bom e decente", muito embora não pensasse isso alguns meses antes. Isto também significava que Elvis Presley podia adentrar, tranquilamente, nas casas das famílias norte-americanas com um grau menor de rebeldia!
A MPB conquistava espaço no circuito musical norte-americano daquele momento, quando vários músicos brasileiros participaram de um concerto no Carnegie Hall, em Nova Iorque, na noite do dia 21 de novembro de 1962. Tom Jobim, Carlos Lyra, Agostinho dos Santos, Sergio Mendes, entre outros, estavam no espetáculo histórico que apresentou ao mundo a Bossa Nova. O encontro também contou com a presença de Luiz Floriano Bonfá (foto acima, de 1962). Músico, compositor e arranjador, autor de clássicos como "Manhã de Carnaval" (uma das músicas brasileiras mais gravadas no mundo) e um dos expoentes desse movimento musical. Luiz Bonfá foi responsável por um feito único entre os músicos brasileiros: ter uma composição sua gravada por Elvis.
Trata-se de Almost in Love, que fez parte da trilha sonora do filme "Viva um Pouquinho, Ame um Pouquinho" (Live a Little, Love a Little de 1968). Essa película foi muito lembrada no ano de 2002, quando uma de suas canções, A Little Less Conversation teve um remix, que tornou a mesma um top hit, 25 anos depois da morte de Elvis. Aliás, as duas gravações foram lançadas em um compacto simples (disco de vinil com uma canção de cada lado) no mesmo ano da gravação, em 1968 (foto acima, capa do disco).
Bem, existe outra gravação de Elvis intitulada Bossa Nova Baby (1963) que, pelo título, poderia remeter a uma influência do novo movimento musical. Esqueçam! A influência restringe-se somente ao título. Contudo, em um dos números musicais do filme "Carrossel de Emoções" (Roustabout, 1964), quando Elvis interpreta a canção Big Love Big Heartache, notamos no cenário do fundo, vários músicos sentados em banquinhos, com um violão na mão, bem ao estilo João Gilberto. Será uma influência "bossanovista"? Na opinião deste que vos escreve, sim! Para os curiosos, mais uma vez indico o Youtube.
A história envolvendo a participação de Luiz Bonfá na gravação de Almost in Love (na imagem acima, partitura da música) ainda é muito controversa e, infelizmente, o compositor faleceu em 2001, sem esclarecer bem as circunstâncias que levaram Elvis Presley a escolher uma de suas músicas para o já citado filme.
Aliás, a confusão sobre isso é tão grande, que muitos sites da internet creditam a letra de Almost in Love ao ex-beatle Ringo Starr, quando na verdade o autor é um ilustre desconhecido, chamado Randy Starr (foto acima, de 1957). Como o seu primeiro nome costuma aparecer abreviado nos créditos da canção, como R. Starr, alguém concluiu: só pode ser o Ringo! E, em muitos sites da internet ficou por isso mesmo. Bem, Starr compôs ou fez arranjos de outras 12 músicas de Elvis Presley, todas utilizadas em seus filmes da década de 1960. Nenhuma, excetuando-se muito provavelmente Almost in Love, é digna de grandes recordações. Old MacDonald Had a Farm, canção tradicional adaptada por Randy Starr para o filme "Canções e Confusões" (Double Trouble, 1967) é tida como uma das piores, senão a pior gravação da carreira do cantor! Ella Fitzgerald, Frank Sinatra e Nat King Cole também registraram a sua voz nessa letra infame.
Vamos agora à questão sobre como a música foi escolhida para fazer parte do repertório de Elvis e do citado filme (na imagem acima, Elvis e a atriz Michele Carey ao som de Almost in Love). O jornal Folha de S. Paulo, entrou em contato com o próprio Luiz Bonfá, para uma matéria publicada no dia 16 de agosto de 1997 (lembrando os 20 anos da morte de Elvis) onde se tentou esclarecer o fato. Na época, o músico já tinha problemas de memória e foi ajudado na entrevista por sua esposa. Vejam só, quem teria feito o contato entre Elvis e Bonfá foi um dos mitos de Hollywood nas décadas de 1940 e 1950: a atriz Ava Gardner (ex-senhora Frank Sinatra)! Ava teria dito a Bonfá que um "garoto" o estava procurando para que o mesmo musicasse uma letra, presente na trilha de um dos seus filmes. O tal "garoto" era Elvis Presley. A citada matéria ainda destaca que Luiz Bonfá fez a música "de uma só tacada" e, ainda acrescenta, que os dois estiveram juntos no estúdio para a gravação, na qual Luiz Bonfá entrou com o violão. Bem, não temos como avaliar se Ava Gardner, de alguma forma, teve participação nisso. Só podemos dizer que tal fato é pouco provável. Nenhuma biografia de Elvis ressalta um contato próximo entre ele e a atriz, que na época, já era uma veterana do cinema.
Mas, outras questões podem ser respondidas com maior precisão. Segundo nos informa o jornalista Luiz Nassif (sim caro leitor, o Luiz Nassif comentarista de economia), a canção de Bonfá já existia, com o nome de "Luar no Rio" e foi composta para o álbum "A Cena Brasileira" de 1966, que nos Estados Unidos foi lançado com o título de The Brazilian Scene (nas fotos acima, a capa e o verso do disco). E Luiz Nassif está absolutamente correto! A versão original intitulada Moonlight in Rio, pode ser ouvida no Youtube, e não deixa dúvida de tratar-se da composição musicada de Almost in Love, de onde se conclui que a mesma não foi composta especialmente para Elvis! Outro dado, Luiz Bonfá não consta da gravação dessa canção, pelo que nos informa Ernst Jorgensen em seu "Elvis Presley: a vida na música", que traz a ficha completa (inclusive dos músicos) de todas as sessões de gravação do cantor. O que não significa que Bonfá não possa ter participado, até porque, a musicalidade da gravação está bem enquadrada nas características da Bossa Nova. Talvez o violão tivesse sido gravado à parte e depois mixado na edição final, o que significaria que Elvis e Bonfá jamais tenham se encontrado. Uma hipótese!
O que de fato importa é que a gravação Almost in Love ainda rendeu o título de um álbum de Elvis Presley, lançado em 1970 (foto acima). É preciso ressaltar que o catálogo de composições às quais Elvis tinha disponibilidade eram as da editora Hill & Range, a qual estabeleceu um contrato de exclusividade com o cantor, que estendeu-se do início da sua carreira até a década de 1970. Portanto, Elvis não tinha flexibilidade para a escolha de seu repertório, um dos fatores responsáveis por algumas das limitações impostas à sua carreira, na opinião de seus biógrafos e críticos musicais. Possivelmente, Randy Starr fez a letra sobre a canção já pronta, a serviço da Hill & Range. De qualquer forma, a questão referente ao fato de como Elvis Presley chegou até Luiz Bonfá necessita ser melhor esclarecida!
O músico, maestro e arranjador Sergio Mendes é outro brasileiro a ter o seu nome associado a Elvis, pela foto acima, a qual, este que vos escreve, conseguiu determinar a data e o local exato: Las Vegas, Hilton Hotel, dia 5 de agosto de 1972. Na mesma temos Elvis, Sergio Mendes e o cantor Paul Anka.
Como chegamos a essa informação? Por meio de outra foto, tirada no mesmo lugar, onde aparecem o engenheiro de som Bill Porter, Elvis e Paul Anka, o qual presenteou Elvis com um relógio novo, mostrado com destaque na foto (acima), que tem a data desse dia. Não há margem para dúvida!
O motivo do encontro? Aí fica a questão, a qual, talvez, o próprio Sergio Mendes possa responder. Ao que parece, uma festa que adentrou a madrugada e que teria contado com a presença de outras figuras famosas, como o cantor inglês Tom Jones, amigo de Elvis. Naqueles dias, Elvis realizava uma temporada no Las Vegas Hilton. Na verdade, consultando sites que tem o registro de todos os shows do cantor, notamos que Elvis teve compromissos no Las Vegas Hilton Hotel todos os dias naquele mês! Um show por dia, no jantar. Elvis Presley talvez tenha sido o artista que mais trabalhou na história do show businnes. Portanto, a exaustão física do cantor, pouco antes de sua morte, é perfeitamente explicável (reparem a aparência de cansaço de Elvis nas fotos com Sergio Mendes). A ocasião do encontro de Elvis, Sergio Mendes e Paul Anka foi motivo para o estouro de uma champanhe (foto acima).
Finalmente, o brasileiro que está em condições de dar a afirmação definitiva: Sim, Elvis morreu! Isso apesar do festival de boatarias que insistem em afirmar o contrário. Aliás, uma excelente estratégia de marketing para manter o nome do cantor na mídia, 40 anos depois de sua morte (na foto acima, Elvis Presley em seu último show, no Market Square Arena, em Indianapolis, no dia 26 de junho de 1977). Trata-se do doutor Raul Lamim, médico patologista e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) em Minas Gerais.
No dia 16 de agosto de 1977, o doutor Raul encontrava-se em Memphis, onde fazia residência médica no Baptist Memorial Hospital e preparava a sua dissertação de mestrado, quando foi chamado, às 16 horas, para fazer uma autópsia muito importante (na foto acima, o médico diante do hospital em que trabalhava em 1977). Quando lhe disseram de quem era o corpo, Raul Lamim pensou tratar-se de uma brincadeira, mas não era. Ele deveria ajudar a autopsiar Elvis Presley! E cumpriu, com dor, o seu dever.
Durante muitos anos, Raul Lamim evitou falar sobre o assunto. Apenas bem recentemente concedeu entrevistas e abordou o tema. Nada que já não fosse sabido. Elvis tomou remédios (estimulantes) durante anos para poder enfrentar uma carregada agenda de shows. Além disso, alimentava-se muito mal, estava com sobrepeso adquirido de forma muito rápida e acabou morrendo de insuficiência respiratória, depois de cair no banheiro de sua casa, naquele mesmo dia. Viciado em drogas? Não as drogas convencionais mais conhecidas (maconha, cocaína, heroína). Mas, se considerarmos que as medicações também são drogas (ora, não chamamos a farmácia de drogaria?) e que seu uso excessivo pode causar dependência química, então fica tudo na mesma. Tanto que o médico particular de Elvis foi investigado por receitar remédios em excesso, inclusive para outros pacientes.
O doutor Raul Lamim (foto acima), hoje com 69 anos, é um renomado professor universitário e médico da Santa Casa de Juiz de Fora, professor de uma grande universidade pública, ou seja, um profissional com um imenso currículo, que não usou o fato para adquirir popularidade ou ficar marcado como o médico que examinou Elvis. Da mesma forma que os outros brasileiros que estiveram com o grande astro do rock'n roll, um profissional reconhecido em sua área, assim como o foram Dulce Damasceno de Brito, Leny Eversong, Luiz Bonfá e Sergio Mendes.
Bem, como o caro leitor pode perceber, não é o simples acaso que levou a participação de nossos compatriotas na trajetória daquele que ficou conhecido como o "Rei do Rock'n Roll". Todos eles estavam nos lugares onde, de fato, deveriam e mereciam estar...
Para saber mais:
Indicamos uma boa leitura a respeito de Elvis Presley, cujo foco é a sua música, o grande legado que deixou para a posteridade. Um relato detalhado das sessões de gravação, dos concertos e programas de televisão, com uma abordagem crítica a respeito da carreira do cantor e de suas influências musicais.
Elvis Presley: a vida na música de Ernst Jorgensen. São Paulo: Larousse do Brasil, 2010 (foto abaixo).
Crédito das Imagens:
Foto de Elvis em 1968: Revista Rolling Stone. Elvis (edição de colecionador), 2012, p. 118.
Foto de Elvis na filmagem de "Ama-me com Ternura": Elvis Presley: Unseen Archives de Marie Clayton. Parragon, 2009.
Foto de Elvis com Dulce Damasceno de Brito: http://universoretro.com.br/a-jornalista-brasileira-que-conviveu-com-marilyn-monroe-elvis-presley-e-carmen-miranda/
Segunda foto de Dulce e Elvis Presley: página da revista Contigo, de 1979, via Internet.
Fotos de Elvis com Leny Eversong e da apresentação no Ed Sullivan Show:
https://www.elvispresleymusic.com.au/pictures/1957-january-6-ed-sullivan.html
Foto dos letreiros de Las Vegas com o nome de Leny Eversong: Youtube.
Selo do disco de Leny Eversong gravado nos EUA:
http://luiz-domingues.blogspot.com.br/2013/01/leny-eversong-um-furacao-em-las-vegas.html
Capa do disco em francês de Leny Eversong: http://www.45cat.com/record/epl7506
Foto de Leny Eversong em Las Vegas e do recorte de jornal com Elvis e Ed Sullivan: http://brazilian-rock.blogspot.com.br/2014/08/blog-post.html
Foto de Leny Eversong nos letreiros em Las Vegas: http://brazilianpop-30-40-50.blogspot.com.br/2012/12/
Foto de Luiz Bonfá: Wikipédia.
Capa do LP de Elvis Presley Almost in Love: http://www.45cat.com/record/479610de
Foto do compositor Randy Starr: https://alchetron.com/Randy-Starr
Partitura de Almost in Love: https://www.musicnotes.com/sheet-music/artist/luiz-bonfa/album/elvis-presley-almost-in-love
Elvis e a atriz Michele Carey: fotograma do filme "Viva um Pouquinho, Ame um Pouquinho". DVD, MGM, 1968.
Capa e contra-capa do disco de Luiz Bonfá: https://eil.com/shop/moreinfo.asp?catalogid=448511
Fotos de Elvis, Sergio Mendes e Paul Anka:
https://www.elvis-collectors.com/candid-central/anka72.html
Foto de Elvis em seu ultimo show: Pinterest.
Foto do doutor Raul Lamin em Memphis na década de 1970: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-40879476
Foto atual de Raul Lamin: http://agorarn.com.br/nacionais/vi-meu-idolo-numa-mesa-de-necroterio-diz-legista-brasileiro-sobre-elvis/