domingo, 17 de junho de 2018

Revista Leituras da História nas bancas (edição de junho)



Caro leitor, já está nas bancas e grandes livrarias de todo o país a edição 114 da revista Leituras da História com uma matéria assinada por nós sobre a Tábua Peutinger, o mapa-múndi do Império Romano, que foi copiado no século XIII sob a forma de pergaminho e que por isso chegou até os dias de hoje. Trata-se de um documento incomparável pois nos transmite a percepção que o mundo antigo tinha dos territórios e continentes até então conhecidos, como também a orientação dada aos viajantes por meio das estradas, cidades e pontos de parada para descanso. 
Além dessa matéria, a revista ainda traz uma interessante entrevista com a historiadora Daniela Levy que nos conta a respeito dos judeus que deixaram a cidade de Recife, em Pernambuco, ao final da ocupação holandesa em 1654 e se transferiram para Nova Amsterdã. Para os que não sabem, Nova Amsterdã era o antigo nome da cidade de Nova Iorque antes de passar para o controle inglês em 1661. Sim, esses judeus deram uma grande contribuição para a formação e desenvolvimento daquela que hoje é a mais conhecida cidade dos Estados Unidos. Um tema da história pouco conhecido e bastante revelador. 
Esses e outros assuntos estão nessa mesma edição, como a relação entre as Copas do Mundo de futebol e a política em matéria de Bruno Bora, sobretudo em tempos de ditadura e um ótimo artigo do historiador Aristides Leo Pardo sobre a sambista Dona Ivone Lara, recentemente falecida. 


O blog História Mundi recomenda a revista e a sua leitura...

domingo, 10 de junho de 2018

Anúncio Antigo 56: Recreio, a revista brinquedo



O Anúncio Antigo de hoje apela para os leitores que tiveram a sua infância entre as décadas de 1960 e 1970, os quais com certeza irão se lembrar da revista Recreio, conhecida como a "revista brinquedo". O título fazia jus ao conteúdo da mesma. De fato, era uma publicação precursora daquilo que hoje chamamos de interatividade, numa época em que não existia celular, internet e a televisão ainda era em preto e branco. Jogos, desenhos para serem montados, imagens que podiam ser recortadas, maquetes de papel para serem construídas e que requeriam dois materiais básicos: tesoura e cola. Tratava-se também de uma proposta pedagógica para ajudar a desenvolver habilidades manuais e o raciocínio nas crianças até a pré-adolescência. 


A publicação foi lançada em 1969 pela editora Abril (na imagem acima, o primeiro exemplar) e permaneceu sendo publicada durante onze anos. No ano 2000 voltou com outra formatação e atualmente está mais adaptada à nova era digital e há quem diga, ficou mais apegada aos hábitos de consumo supérfluos das crianças de hoje. 


Portanto, a referência que aqui estamos tomando compreende a sua primeira fase, entre 1969 e 1981. Além de entreter a garotada, a revista ainda proporcionou contato com autores infanto-juvenis, entre eles Ruth Rocha, Sônia Robatto, Ana Maria Machado, Izomar Camargo Guilherme, Edith Machado e uma grande equipe de ilustradores, que tornaram a publicação agradável do ponto de vista visual e com conteúdo voltado para o seu público específico (acima, outro anúncio da revista Recreio, do início da década de 1970, com uma maquete para montar). 


Como os pedagogos e educadores gostam de lembrar: uma criança deve viver o seu tempo de criança (acima, um presépio montado a partir da revista, de 1974). Aliás, tal raciocínio segue o que está escrito no próprio Anúncio Antigo de hoje, "criança que brinca é uma criança feliz". Ao brincar também se aprende, interações sociais são desenvolvidas e o contato com outras crianças estimula o conhecimento da sociedade no qual o jovem irá se inserir. Além disso, ajuda a evitar preconceitos e barreiras em relação ao próximo. Outro dado que está estampado nesse mesmo Anúncio Antigo, a participação dos pais, um dos grandes dramas da educação contemporânea. 
O Anúncio Antigo que abre esta postagem foi publicado na revista Veja, de 10 de dezembro de 1969, página 82. 
Crédito das imagens:
Capa da edição nº 1 da revista Recreio: Pinterest.
Demais imagens: http://gibilandiadoenrique.blogspot.com/2015/12/

segunda-feira, 4 de junho de 2018

"Coleção Tudo é História" disponível no blog História Mundi



Caro leitor, no início da década de 1980 a Editora Brasiliense, que já teve entre os seus proprietários o escritor Monteiro Lobato e o historiador Caio Prado Jr., lançou uma coleção de livros intitulada "Tudo é História" (na imagem acima, o logo da coleção). A ideia do editor Caio Graco (filho de um dos fundadores) era o de divulgar o que havia de mais novo em termos de pesquisas na área de história e estimular os jovens historiadores que realizavam os seus trabalhos de mestrado e doutorado. Na verdade, a coleção de pequenos livros já vinha no rastro de outra coletânea intitulada "O Que é", títulos escritos por especialistas, que pretendiam introduzir o leitor em temas até então restritos à área universitária ou àqueles estudiosos mais especializados. Com preço acessível, as duas coleções fizeram enorme sucesso entre os estudantes, como este que vos escreve. 



O material da "Coleção Tudo é História" mostrava-se ideal para a preparação de aulas na referida disciplina e mesmo nas demais dentro do currículo de humanidades (acima, dois títulos da grande coleção). Além disso, os livros ajudavam também como leituras paralelas para os alunos (cumprindo a função de material paradidático). 



Vários historiadores, hoje nomes de referência na disciplina, ficaram conhecidos do grande público por meio da "Coleção Tudo é História" (acima, mais dois títulos disponíveis na coleção). Entre eles podemos citar Laura de Mello e Souza, Maria Yedda Linhares, Maria Luiza Corassin, Francisco Doratioto, Sandra Jatahy Pesavento, José Augusto Drummond, Daniel Aarão Reis Filho, Pedro Puntoni, Hilário Franco Jr., Renato Janine Ribeiro, Vera Lucia Amaral Ferlini, Maria Victoria de Mesquita Benevides, Emir Sader, Maria Lígia Prado, Maria Helena Capelato com trabalhos de pesquisa, muitos dos quais se encontravam ainda em processo de elaboração para dissertações e teses na academia. Autores já consagrados também tiveram a chance de ampliar a divulgação de seus textos, entre eles, Clovis Rossi (jornalista), o já citado Caio Prado Jr., Anita Novinsky, Maria de Lourdes Mônaco Janotti, José Jobson de Andrade Arruda, Francisco Iglésias e Ciro Flamarion Cardoso. Enfim, a coleção tornou-se referência até hoje nos estudos históricos.
Agora, o blog História Mundi traz a oportunidade para o leitor acessar, em sua própria casa, uma boa parte (não todos) dos títulos dessa excelente coleção, pois estamos disponibilizando a mesma em nossos links interessantes (ver a coluna do lado direito da nossa página). Para entrar é só seguir o endereço abaixo: 
https://drive.google.com/drive/folders/0B_xg4Qsh7lhEY0M5WjVpOE45TXc
Crédito das imagens:
Acervo do autor.