sábado, 13 de julho de 2019

Anúncio Antigo 64: prefeito Faria Lima



Para as gerações de paulistanos que vivenciaram bem a segunda metade da década de 1960, o Anúncio Antigo de hoje pode trazer uma certa nostalgia, embora o país vivesse um momento turbulento a nível político, com a Ditadura Militar. Muitas transformações ocorreram na paisagem e na configuração urbana da cidade de São Paulo naquele tempo. O material publicitário apresentado acima, com a colher de pedreiro (referência às obras) sustentando uma rosa vermelha (símbolo da humanização), foi a imagem que identificou a administração do prefeito de São Paulo, Faria Lima, no quadriênio de 1965 a 1969, com o slogan: a cidade que se humaniza. Bem, nenhuma pesquisa mais objetiva feita com critérios técnicos e científicos poderia medir o grau de humanização da cidade, naquele final da década de 1960. Nem temos parâmetros claros para isso, a não ser tentar decifrar um pouco da memória coletiva, nos noticiários da época e nas informações disponíveis na pouca bibliografia existente sobre a atuação de Faria Lima, frente a Prefeitura da maior cidade brasileira. 


José Vicente de Faria Lima (na foto acima, discursando como prefeito de São Paulo) nasceu no Rio de Janeiro em 1909, no conhecido bairro de Vila Isabel, sendo contemporâneo do famoso compositor Noel Rosa. Na então capital do Brasil, Faria Lima cursou o Colégio Militar. Com 21 anos de idade iniciou a sua carreira na Aviação Militar do Exército (na época, ainda não existia a Força Aérea Brasileira), com um currículo brilhante, alcançando o posto de Brigadeiro do Ar em 1958. 



Faria Lima atuou no Correio Aéreo Nacional sob o comando do brigadeiro Eduardo Gomes e participou também da criação do Ministério da Aeronáutica, como auxiliar do ministro Salgado Filho (na foto acima, Faria Lima na Amazônia, com uniforme da Aeronáutica). Foi também o criador, organizador e comandante do Campo de Marte, na Zona Norte da cidade de São Paulo. Foi nessa época, mais exatamente em 1954 (ano em que se comemorou o IV Centenário da cidade), que o recém eleito governador Jânio Quadros o encaminhou para a política, convidando Faria Lima para a presidência da VASP (Viação Aérea São Paulo), que pertencia ao governo estadual. 



Em função de seu bom desempenho frente à direção da companhia aérea foi indicado, pelo mesmo governador Jânio, para assumir a Secretaria de Viação e Obras Públicas, onde ajudou a asfaltar dois mil quilômetros de estradas no Estado de São Paulo (na foto acima à direita, o secretário Faria Lima despacha ao lado de Jânio Quadros). 



Com Carvalho Pinto, sucessor de Jânio Quadros e que ocupou o governo estadual entre 1959 e 1963, Faria Lima manteve-se na mesma Secretaria, ajudando na implantação do chamado Plano de Ação, onde ganhou a fama de "tocador de obras" (na foto acima, Carvalho Pinto à esquerda e Faria Lima ao centro). 



Em 1960, Jânio Quadros foi eleito Presidente da República e novamente requereu os serviços de Faria Lima, desta vez para a direção do BNDE (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico), lá permanecendo poucos meses, até a renúncia inesperada do Presidente, em agosto de 1961 (na foto acima, no lado direito, Faria Lima como secretário da Viação e Obras Públicas de São Paulo). Apesar do golpe militar de 1964 que derrubou João Goulart, Faria Lima manteve uma boa imagem junto ao novo poder constituído. Não tinha vínculos com o governo deposto e nem como simpatizante dos setores mais a esquerda, duramente reprimidos pelo novo regime. Na condição de militar, tinha boa circulação junto às novas lideranças, inclusive com antigos companheiros de armas, como o Brigadeiro Eduardo Gomes e o Marechal Cordeiro de Farias. 
Em 1965, candidatou-se e foi eleito prefeito de São Paulo, contando mais uma vez com o apoio do ex-presidente Jânio Quadros (já cassado pela Ditadura Militar) e com o voto do eleitorado janista. Faria Lima teve 463.364 votos, em uma cidade com mais de 5 milhões de habitantes na época (vale lembrar que não existia segundo turno), derrotando nomes de peso como Auro de Moura Andrade, Laudo Natel, Paulo Egydio Martins, Pedro Geraldo Costa, Franco Montoro, Lino de Matos e Januário Mantelli Neto.



Como prefeito, Faria Lima manteve a característica de promover a construção de grandes obras. Vamos lembrar algumas delas, como o alargamento e duplicação da rua da Consolação (na foto acima, as obras nessa rua e do lado esquerdo, o terreno onde foi construída a Praça Roosevelt, no ano de 1968) e das avenidas Rebouças, Sumaré, Pacaembu, Cruzeiro do Sul e Rio Branco. Na verdade, Faria Lima deu prosseguimento às obras viárias previstas ou iniciadas na gestão anterior do prefeito Prestes Maia (que ocupou o cargo pela segunda vez) e até de mandatos anteriores de outros prefeitos. Como se sabe, Prestes Maia privilegiou a ampliação do sistema viário, abrindo espaço para os automóveis e demais veículos a motor, como caminhões e ônibus. Com Faria Lima foram iniciadas as obras das Marginais Tietê e Pinheiros, como também concluídas as Radiais Leste (avenida Alcântara Machado) e Oeste. Esta última acabou recebendo depois o nome de avenida Brigadeiro Faria Lima, em homenagem ao ex-prefeito. 



Também foi concluída a avenida 23 de Maio (acima, as obras da mesma) e construída a Rubem Berta (continuação da 23 de Maio), que liga o coração da cidade ao aeroporto de Congonhas. 


No início da avenida Radial Leste foi erguido o maior viaduto urbano do país na época, com mais de um quilometro de extensão (na foto acima, o viaduto na divisa dos bairros do Brás e da Moóca, em 1968). Três viadutos foram construídos sobre o Parque D. Pedro II (que foi deixando de ser parque e perdendo área verde), além das vias marginais ao rio Tamanduateí. Várias ruas importantes foram alargadas, entre elas a Tabatinguera, Conselheiro Furtado, Cruzeiro do Sul, Domingos de Moraes, Armando de Arruda Pereira e Pedroso de Moraes. 



A velha e tradicional porteira do bairro do Brás (onde os carros paravam para dar passagem aos trens da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí) desapareceu, com a inauguração de um viaduto na avenida Rangel Pestana (na foto acima, cerimônia de entrega do viaduto do Brás em 25 de janeiro de 1968). Num total foram construídas 51 pontes e viadutos na gestão Faria Lima. 



A cidade de São Paulo se transformou em um verdadeiro canteiro de obras, como nunca antes visto. A abertura de novos logradouros (ruas e avenidas) e o alargamento de outros, deu estímulo à construção civil e à expansão imobiliária (na foto acima, no Anhangabaú, a construção do edifício Prates). Em várias partes, sobretudo nas áreas centrais, a paisagem urbana mudou, deixou para trás o aspecto de cidade do interior para ganhar, de fato, a aparência de grande metrópole. 



Faria Lima (foto acima) ampliou a rede escolar do município com 120 prédios e 2.200 salas de aula. Na época tivemos um aumento dos estabelecimentos escolares públicos, o que não foi acompanhado por uma melhora na qualidade do ensino e nem mesmo nos salários dos professores, que decaíram vertiginosamente na década seguinte. O mesmo processo pode ser verificado na área da saúde, com a instalação de prontos-socorros novos (como o conhecido Pronto Socorro do Tatuapé) e abertura de mais vagas hospitalares. 



Embora não tenha sido uma obra diretamente vinculada à administração municipal, a inauguração da nova sede do MASP (Museu de Arte de São Paulo), em 7 de novembro de 1968, deu grande visibilidade ao prefeito Faria Lima, pois contou com a presença da rainha Elizabeth II da Inglaterra e ajudou a modernizar o aspecto arquitetônico da avenida Paulista (nas fotos acima, as obras de construção do MASP em 1965 e a inauguração, com a rainha Elizabeth, o curador do museu Pietro Maria Bardi e o prefeito Faria Lima, respectivamente da esquerda para a direita). 
O leitor (a) deve estar reparando na imensa quantidade de obras viárias direcionadas para o uso dos automóveis e, sem dúvida, isso constituiu um estímulo a mais para a parcela da população que desejava e podia ter um veículo particular. Por outro lado, os congestionamentos aumentaram e cada vez mais era preciso abrir espaço para os carros. Esse foi o principal argumento para a extinção dos bondes elétricos, além do fato dos mesmos serem considerados obsoletos e antigos. 


Na verdade, o projeto de acabar com esse transporte veio das gestões anteriores, cabendo a Faria Lima apenas o último golpe, o que foi feito no dia 27 de março de 1968 (na foto acima, Faria Lima cumprimenta um motorneiro, na retirada da linha de bonde que servia o bairro da Penha, na Zona Leste de São Paulo). O sistema de bondes estava sendo gradualmente sucateado, desde que a empresa canadense Light deixou de gerir esse transporte em 1947. A sua extinção foi induzida pelo Poder Público, interessado em ampliar o sistema de transportes sobre pneus, com a introdução do trólebus ou ônibus elétrico. Os bondes "atrapalhavam" os automóveis porque não dispunham de vias exclusivas nas ruas e avenidas. Contudo, muitos estudiosos afirmam que os bondes poderiam ter tido continuidade, tornando-se um modal alternativo de transporte coletivo, como em outras grandes cidades do mundo. 


A previsão não podia ser outra: mais ruas e avenidas, mais carros, mais trânsito. A solução vista para o futuro era o metrô, alternativa que havia sido desprezada no passado, como na primeira administração do prefeito Prestes Maia (entre 1938 e 1945), que privilegiou o Plano de Avenidas (ampliação do sistema viário em torno do centro). No final de sua gestão, Faria Lima deu o pontapé inicial para o início das obras na linha Norte-Sul (na foto acima, abertura das propostas de construção da primeira linha, ligando o Jabaquara, na Zona Sul ao bairro de Santana, na Zona Norte, no início de 1968).




O metrô começou a ser construído quando São Paulo já alcançava a configuração de metrópole, ao contrário do que ocorreu nas outras grandes cidades do mundo, daí o seu custo tão elevado, sobretudo em função das desapropriações para a construção das linhas (nas fotos acima, cerimônia de início das obras do metrô, em 14 de dezembro de 1968, na avenida Jabaquara com a presença de Faria Lima).




Faria Lima comandou a cidade no ano de 1968, quando os estudantes tomaram as ruas entre os meses de junho e outubro, para protestar contra a Ditadura Militar e a repressão promovida por esta (nas fotos acima, viatura da Polícia Civil virada na praça da Sé e estudantes dispersados pela polícia na rua Teodoro Sampaio). Para conter as forças de oposição, o presidente Costa e Silva baixou no final daquele ano, o Ato Institucional nº 5 (o AI-5), fechando o Congresso Nacional, censurando a imprensa e afastando muitos opositores da vida pública. 
Em 8 de abril de 1969, Faria Lima deixou a Prefeitura de São Paulo e passou o cargo para o novo mandatário do município, o senhor Paulo Salim Maluf. Nessa fase da Ditadura Militar, os prefeitos das capitais passaram a ser nomeados pelos governadores, mediante aprovação do Presidente da República, não havendo mais eleições diretas para o cargo. Houve até uma movimentação pela permanência de Faria Lima, mas o presidente e general Artur da Costa e Silva indicou o engenheiro Paulo Maluf, contrariando inclusive, o nome proposto pelo então governador de São Paulo, Abreu Sodré, que preferia Luís Arrobas Martins, seu secretário da Fazenda.



Qual seria o futuro de Faria Lima depois de deixar a Prefeitura de São Paulo? O destino natural era o Governo do Estado ou algum ministério importante, uma vez que o ex-prefeito tinha bom trânsito entre os militares e era filiado a ARENA (Aliança Renovadora Nacional), partido criado para dar sustentação ao Governo Militar no Congresso Nacional. Contudo, a filiação de Faria Lima a esse partido foi um pouco tardia, apenas em 1968, no seu último ano como prefeito (no outdoor acima, Faria Lima como "garoto-propaganda" da XI Feira Nacional da Indústria Têxtil ou Fenit, em agosto de 1968). 
No início do mês de setembro de 1969, o já ex-prefeito foi ao Rio de Janeiro e encontrou-se com vários comandantes militares, entre eles o general Syseno Sarmento (então comandante do I Exército), com o seu velho amigo brigadeiro Eduardo Gomes e ainda com o marechal Cordeiro de Farias. Naquele momento, o presidente Costa e Silva estava afastado por motivos de saúde (não se divulgava a gravidade de sua doença, em função da censura imposta pelo AI-5) e existiam especulações sobre possíveis mudanças na cúpula do governo. 



Na manhã do dia 4 de setembro de 1969, o país viveu o episódio do sequestro do embaixador dos Estados Unidos, Charles Elbrick, por guerrilheiros que se opunham à Ditadura Militar e exigiam a libertação de 15 companheiros presos, alguns submetidos a tortura (na imagem acima, capa da edição do dia 5 de setembro de 1969 do jornal O Estado de S. Paulo, noticiando o sequestro de Elbrick). Exatamente na noite daquele mesmo dia, Faria Lima jantou na casa de seu amigo de infância, Gabriel Richaid (marido de Aurora Miranda, irmã da cantora Carmem Miranda). Após o jantar, às 21 horas, o ex-prefeito sentiu-se mal. Um médico foi chamado, chegando apenas dez minutos depois, mas já era tarde. Um infarto fulminante acometeu Faria Lima. O ex-prefeito era cardiopata e já tivera um começo de enfarte ainda quando estava no exercício do cargo.



A popularidade de Faria Lima era grande e o mesmo foi muito elogiado pela imprensa, como se pode perceber lendo as matérias do jornal O Estado de S. Paulo e da revista Veja, feitas após a sua morte. Esta última revista publicou um artigo sobre o seu falecimento intitulado "O futuro perde Faria Lima". Trinta mil pessoas compareceram ao seu enterro em um pequeno cemitério no bairro de Santo Amaro, em São Paulo, muitas delas carregando rosas, a flor que aparece no material publicitário divulgado em sua gestão (nas fotos acima, a cantora da Jovem Guarda, Martinha, entrevista Faria Lima para a Rádio Jovem Pan em 13 de março de 1968). 


Sem a menor dúvida, suas obras permaneceram e não podem ser ignoradas por aqueles que moram ou apenas visitam São Paulo (acima, antigo bonde exposto atualmente no Museu dos Transportes de São Paulo, que ainda carrega o cartaz de propaganda de Faria Lima). A cidade se humanizou nas décadas seguintes, como previa o slogan da gestão Faria Lima? Este que vos escreve não conhece ninguém que pudesse dar como resposta um "sim". 


Temos o dever de lembrar que São Paulo já vivia o processo de formação das favelas, cujos moradores eram completamente desassistidos pelo Poder Público. À medida em que os imóveis nas áreas centrais eram valorizados com as novas avenidas e ruas, a população mais pobre era expulsa para as áreas periféricas (na foto acima, favela em formação no entorno do centro em 1969, em foto de Boris Kossoy). Outro fator, a chegada de migrantes, sobretudo nordestinos, recrutados inclusive para as grandes obras promovidas pela Prefeitura e na construção civil, interferiu nesse processo. 
Uma cidade que não conseguia esconder mais as desigualdades e a pobreza. E claro, a violência se fez cada vez mais presente e tornou-se uma queixa das mais comuns dos moradores, que ainda tinham na memória os tempos em que São Paulo era mais tranquila, "onde todos se conheciam" e dos bondes, onde muitos namoros começaram e terminaram em casamentos. A paisagem da cidade era outra. Os dois grandes rios, Tietê e Pinheiros foram retificados e tornaram-se gigantescas canaletas por onde desaguaram córregos poluídos, sujos e com detritos despejados pelas grandes indústrias. A natureza se distanciou da grande metrópole. 
E o trânsito? Cada vez pior e com deslocamentos demorados, embora estes fossem previstos com o aumento dos veículos em circulação. O "rei automóvel" ocupou em definitivo o espaço das ruas e o pedestre tornou-se a sua vítima maior. Aliás, esse meio de transporte tirou a vida de dois filhos de Faria Lima (embora um dos acidentes tivesse ocorrido em uma rodovia). No caso de São Paulo, as opções do passado explicam muito bem o que se vive no presente. 
O Anúncio Antigo de hoje foi publicado na revista Veja, do dia 18 de setembro de 1968, na página 54.
Crédito das imagens:
Fotos de Faria Lima na Amazônia, com Jânio Quadros, com Carvalho Pinto, como prefeito e o outdoor da XI Fenit: Revista Veja, edição de 10 de setembro de 1969, páginas 40, 42 e 43. 
Foto de Faria Lima discursando:
https://vejasp.abril.com.br/cidades/jose-vicente-de-faria-lima-quem-foi/
Foto de Faria Lima como secretário de Viação e Obras Públicas:
Livro: Carvalho Pinto: em ritmo de hoje de Ruy Marcucci. São Paulo: OESP Gráfica. Sem data, página 100.
Foto do viaduto na Radial Leste:
https://www.facebook.com/Fotos-Jornais-e-Videos-Antigos-Da-Zona-Leste-De-S%C3%A30-Paulo-1980161322311428/
Foto de Faria Lima com a rainha Elizabeth:
https://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo.masp-completa-70-anos.12948.0.htm
Foto das obras na 23 de Maio:
https://parqueibirapuera.org/quando-os-espinafres-nasciam-na-av-23-de-mai/duas-fotos-da-23-de-maio-em-construcao/
Fotos da duplicação da Consolação, do vale do Anhangabaú, da entrega das propostas para as obras do metrô, do início da construção do metrô no Jabaquara e das obras no MASP:
http://www.arquiamigos.org.br/foto/
Cerimônia de entrega do viaduto do Brás:
https://www.levyleiloeiro.com.br/peça.asp?ID=150479
Fotos do início das obras do metrô:
https://www.facebook.com/www.saopaulodeoutrostempos
Foto da despedida do bonde do bairro da Penha:
Livro: Tudo é Passageiro: expansão urbana, transporte público e o extermínio dos bondes em São Paulo. Ayrton Camargo e Silva (autor). São Paulo: editora Annablume, 2015, página 147. 
Foto do bonde no Museu dos Transportes: acervo do autor.
Foto da favela: Cadernos de Fotografia Brasileira: São Paulo, 450 anos. Instituto Moreira Salles, 2004, página 251. 
Fotos das manifestações estudantis em São Paulo:
Livro: 1968: do sonho ao pesadelo de José Alfredo Vidigal Pontes e Maria Lúcia Carneiro. São Paulo: O Estado de S. Paulo, 1968, páginas 33 e 53. 
Capa do jornal Estado de S. Paulo de 5 de setembro de 1968:
https://acervo.estadao.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário