O mundo artístico e cultural perdeu hoje a figura de José Eugenio Soares, mais conhecido como Jô Soares, falecido aos 84 anos de idade. Poucos irão lembrar, mas quando começou a sua carreira nos filmes de chanchada na segunda metade da década de 1950, ao lado de Oscarito, Ankito e Grande Otelo, o seu nome aparecia creditado como "Joe" Soares. Na televisão se consagrou em programas humorísticos que marcaram época, como Praça da Alegria; Família Trapo; Faça Humor, Não Faça Guerra; Satiricom; Planeta dos Homens; Viva o Gordo e nas últimas três décadas no seu famoso programa de entrevistas. Políticos, personalidades do meio artístico e cultural passaram pela sala de estar do Jô. A propósito, vários astros de Hollywood estiveram entre os mais de 15 mil entrevistados e podemos lembrar de alguns, Anthony Quinn, Jack Palance, Leonard Nimoy, George Takey, Priscila Presley, Jaqueline Bisset, Jean-Claude Van Damme entre outros. Contudo, na Imagem Histórica que apresentamos hoje (foto acima) temos a figura do ator Charlton Heston (1923-2008), que não foi entrevistado por Jô Soares, mas que esteve no Brasil em 1978 para promover o lançamento do filme "SOS, Submarino Nuclear". Na estada no Rio de Janeiro, o ator estadunidense (vencedor do Oscar em 1960, por seu papel no épico Ben-Hur) foi recepcionado pelo cast da Rede Globo e lá estava o Jô, que na foto acima aparece cumprimentando a esposa de Heston, Lydia Clarke.
Outro conhecido nome que esteve no evento foi o grande ator José Lewgoy (1920-2003), cujo registro da sua presença chegou até nós (na foto acima, Lewgoy cumprimenta Heston).
Ao que parece, o evento não foi muito documentado. Apenas algumas poucas fotos restaram e chegaram até nós, muito provavelmente por meio do jornal O Globo, de propriedade do jornalista Roberto Marinho, que também comandava a conhecida emissora de televisão (na foto acima, no mesmo coquetel, vemos as atrizes Neuza Maral e Lea Garcia). Fica aqui o registro, como uma pequena homenagem ao grande mestre do humor, pois mesmo como entrevistador, as suas pitadas de ironia rendiam muitas e muitas risadas. Aliás, Jô Soares não deixa herdeiros nesse quesito, dentro de um ambiente de profunda pobreza artística e cultural que, infelizmente, atravessamos...
Crédito das imagens: jornal O Globo.
Parabéns pela homenagem, é uma geração que vai embora sem deixar
ResponderExcluirReposição.
Sim amigo, sem dúvida...
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