Está chegando o final de ano! Hora de pedir ao Papai Noel o presente de Natal. Tratando-se dos tempos atuais de consumo descartável e obsolescência programada (as empresas determinam a vida útil de um produto, para que o mesmo não demore muito para ser posto de lado), sem dúvida, o mais solicitado provavelmente será o celular de ultima geração. Mas, no distante ano de 1970, um toca discos portátil ou vitrola parecia ser um presente que agradaria aos jovens pré-adolescentes. O aparelho, fácil de ser transportado, permitia tocar disquinhos de vinil ou os chamados "compactos simples" de 33 rotações. A tampa do aparelhinho, quando aberta, virava caixa de som. Cada disco compacto vinha com duas musicas gravadas: uma no lado A e outra no lado B. Havia uma vantagem, você poderia comprar, praticamente, apenas a música desejada dentro do catálogo do artista. Mas, não depreciem tanto esse pobre e aparentemente primitivo aparelho sonoro, pois o mesmo podia tocar um Long Play, popularmente chamado de LP, com seis gravações de cada lado em média. Ah, estava esquecendo, tinha o opcional do rádio também.
Ainda não se pensava nos aparelhos de som de alta fidelidade (som estereofônico) para serem presenteados aos jovens de pouca idade. No máximo, nas famílias mais abastadas, tal equipamento poderia aparecer na sala de estar, como parte da mobília doméstica, assim como a televisão.
Os tempos mudaram, o vinil deu lugar ao CD e este às musicas disponíveis e baixadas na internet. As lojas de discos praticamente acabaram. Excetuando alguns nostálgicos, que ainda dispõem de "bolachões" guardados, sobretudo aqueles que não ganharam formatação nova, o público em geral não pensa mais nesses presentes do "tempo do Onça".
O Anuncio Antigo de hoje foi publicado no jornal "O Estado de S. Paulo" do dia 6.12.1970.
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