Crédito da imagem:
The Pictorial History of World War II de Charles Messenger, JG Press, página 72.
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The Pictorial History of World War II de Charles Messenger, JG Press, página 72.
Se você já assistiu um filme com o ator acima, ainda quando ele usava o nome de Charles Buchinsky, você deve redobrar os cuidados com a covid-19. Ao sair de seu domicílio privado, utilize máscara, mantenha um rigoroso distanciamento social evitando aglomerações, inclusive dentro da própria família. Higienize as mãos quando sair e voltar para casa, com álcool gel ou sabão. Falta pouco para você ser vacinado e não é agora que irá relaxar com os cuidados, não é mesmo?
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Caro leitor (a), já tivemos a oportunidade de publicar uma imagem mostrando os dois protagonistas da Revolução Russa de 1917, Leon Trotsky e Josef Stálin, juntos, na postagem "Stalin e a formação da União Soviética parte 2" (ver a mesma em nosso blog). Na verdade, tratava-se de uma cena captada de um filme feito no funeral de Felix Dzherzinsky, chefe da Polícia de Estado Soviética, em 1926. Eis agora que nos deparamos com esta foto, a qual segundo informações obtidas no site Getty Images e na revista Time foi tirada em Petrogrado (atual São Petersburgo) no mesmo ano da revolução, ou seja, em 1917. Ao que parece, a figura em uniforme militar, de óculos e com o braço direito erguido em forma de saudação, que se encontra do lado esquerdo, parece ser mesmo de Leon Trotsky (1879-1940), um dos comandantes do movimento revolucionário e que teve papel de destaque na formação do Exército Vermelho, durante a guerra civil que se seguiu à tomada do poder pelos bolcheviques (comunistas). Já do lado direito, também com o braço levantado e de bigode, parece ser Josef Stálin (1878-1953), o líder do Partido Comunista, que sucedeu a Lênin (o pai da grande revolução) no comando político da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). É até possível que não seja Stálin, mas a semelhança é grande. Como se sabe, Leon Trotsky e seu grupo oposicionista foram afastados do governo e colocados na condição de inimigos da revolução. Trotsky foi exilado e acabou assassinado no México, em 1940, em uma operação articulada a partir do próprio governo soviético e de seus serviços de inteligência espalhados no exterior. A orientação para a sua eliminação teria partido do próprio Stálin. Considerado um ditador sanguinário para muitos, uma figura controversa para alguns e até herói para outros, foi sob a liderança deste último que a URSS se consolidou como potência econômica e militar, conseguindo derrotar as forças alemãs na Segunda Guerra Mundial.
O assassinato de Trotsky deixou uma ferida no movimento comunista internacional, que até hoje não foi cicatrizada, se é que um dia poderá ser. Porém, dentro da atual Rússia, boa parte da população considera que Stálin foi uma liderança importante na Grande Guerra Patriótica (nome pelo qual a Segunda Guerra é conhecida lá), da qual a URSS se saiu vitoriosa. O próprio líder atual da Federação Russa, presidente Vladimir Putin, vê o ex-líder soviético como uma figura que agiu de acordo com as circunstâncias da época, para o bem e para o mal, da mesma forma que outros governantes, como Napoleão e Bismarck, que agiram em defesa de seus países (França e Alemanha, respectivamente) com o poder e as armas de que dispunham...
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https://time.com/4798229/1917-russian-revolution-excerpt/
Uma batalha travada na virada de 1942 para 1943, em pleno inverno russo, que se constituiu num dos momentos cruciais da Segunda Guerra Mundial e da campanha militar promovida por Adolf Hitler, cujo objetivo era dominar a União Soviética (na foto acima, soldado alemão na Rússia, sob a temperatura de -35ºC). A vitória nesse confronto específico colocaria o Terceiro Reich (Império Alemão) diante dos campos de petróleo da região do Cáucaso, cadeia de montanhas no extremo sul da antiga União Soviética (hoje partes da Armênia, Geórgia, Azerbaijão e Federação Russa). Mas, como dizia o poeta, no meio do caminho havia uma "pedra", a cidade que carregava o nome do então líder soviético Josef Stálin e que ficava na margem direita do rio Volga, uma via fluvial importante, navegável e estratégica para quem a controlasse: Stalingrado (atual Volgogrado). Para defender a área urbana do intenso bombardeio alemão, os soldados do Exército Vermelho ocuparam cada rua, cada fábrica, cada quarteirão e cada casa da cidade, que se encontrava em escombros. E isso sob um frio que chegou a alcançar -40ºC. A resistência dos soldados soviéticos possibilitou o tempo necessário para a chegada do reforço vindo do leste, com material bélico que acabava de sair das fábricas instaladas no interior da União Soviética e na Sibéria, inclusive de 450 tanques T-34 novos. Esse blindado era considerado imbatível e foi sendo aperfeiçoado ao longo do conflito, sobretudo no tempero do aço para a blindagem. O comando do Exército Vermelho estava a cargo do célebre general e depois marechal Georgy Zhukov.
Em 2 de fevereiro de 1943, cercado na retaguarda e nos flancos (pelos lados), sem possibilidade de receber reforços e suprimentos por terra e pelo ar, com os soldados exauridos no frio intenso, o Marechal de Campo Von Paulus aceitou a rendição, contrariando as determinações de Adolf Hitler de resistir. O frio derrotou os alemães? Os antigos historiadores soviéticos e russos contestam veementemente isso, afirmando que o inverno prejudicou os dois lados. Os mesmos também destacam a coragem dos soldados soviéticos e o abnegado desejo de defender a pátria. Dos 250 mil soldados alemães sitiados em novembro do ano anterior, apenas a metade conseguiu sobreviver e destes apenas 10 % retornou à Alemanha ao final da guerra.
Abaixo temos um relato de um tenente alemão da 24ª Divisão Panzer (de tanques) feito após o conflito. Infelizmente não temos o nome desse oficial:
"Para tomar uma única casa, lutamos quinze dias, lançando mão de morteiros, granadas, metralhadoras e baionetas. Já no terceiro dia, 54 cadáveres de soldados alemães estavam espalhados pelos porões, pelos patamares e pelas escadas. Nossa frente é um corredor ao longo de quartos incendiados ou o forro entre dois pavimentos. Pelas chaminés e escadas de incêndio das casas vizinhas é que chegam os reforços. A luta não cessa nunca. De um andar para o outro, rostos enegrecidos pelo suor, nós nos bombardeamos uns aos outros com granadas, em meio a explosões, nuvens de poeira e de fumaça, montes de argamassa, em meio ao dilúvio de sangue, aos destroços de mobiliário e de seres humanos. Perguntem a qualquer soldado o que significa meia hora de luta corpo a corpo numa peleja desse tipo. Depois imaginem Stalingrado - oitenta dias e oitenta noites só de luta corpo a corpo. As ruas já não se medem por metros, mas por cadáveres (...). Stalingrado já não é mais uma cidade. Durante o dia não passa de uma imensa nuvem de fumaça, que cega e queima, uma enorme fornalha iluminada pelo reflexo das labaredas. Depois, quando a noite chega, uma daquelas noites causticantes, de sangue e de gemidos, os cães se lançam às águas do Volga e nadam desesperadamente para chegar à outra margem. Até os animais fogem deste inferno, que as pedras mais duras não conseguem suportar por muito tempo só os homens ainda resistem."
O relato foi extraído de "Stalingrado", artigo do historiador militar britânico Alan Clark e que está contido na coleção História do Século 20 Abril Cultural, volume 5, 1975, página 2045.
Crédito da imagem:
The Pictorial History of World War II de Charles Messenger. JG Press, página 77.