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terça-feira, 18 de maio de 2021

Covid-19 persiste


Está mais do que provado que as medidas de distanciamento social e lockdown ajudaram a diminuir os casos de covid-19 e as taxas elevadas de mortalidade, inclusive aqui no Brasil. A cidade de Araraquara, no interior de São Paulo, é o melhor exemplo entre praticamente todas as cidades brasileiras. Contudo, ainda nos encontramos num patamar elevado em termos de casos e mortes. Seria este o momento oportuno para intensificar a vacinação, exatamente como está sendo feito nos Estados Unidos, onde as autoridades estão se dando ao luxo de dispensar o uso das máscaras, uma medida considerada ainda prematura pelos especialistas. Porém, aqui está ocorrendo o contrário. Em vários lugares a vacinação parou por falta de doses. No Instituto Butantan e na Fiocruz, que fabricam as vacinas, faltam os insumos para a produção das mesmas, que são provenientes da China. Veja bem caro leitor (a), isso ocorre exatamente no momento em que a vacinação atingiria o grosso da nossa população, abaixo dos 60 anos. Nossa autoridade maior, que comanda (ou deveria comandar) a república, deu declarações desastrosas em relação à República Popular da China, acusando-a indiretamente de ser a causadora da pandemia, sem qualquer prova ou evidência para sustentar tal posicionamento. Autoridades diplomáticas confirmam que o atraso no envio do insumo é uma resposta branda e diplomática a tais afirmações, para que as mesmas não passassem em branco e para manifestar o descontentamento das autoridades chinesas. Se não bastasse isso, o governo brasileiro, por intermédio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) ainda fez pouco caso da vacina russa, que já está em sua quarta versão, a Sputnik Light, produzida especialmente para ser exportada aos países que registram índices elevados de mortes (além do Brasil, agora também a Índia) e a mais barata disponível no mercado. E com isso o Brasil segue se arrastando e torcendo muito, mas muito mesmo, para que não venha uma nova onda ou variante mais letal desse vírus. Portanto, nem pensar em descartar as máscaras e manter o distanciamento social da melhor forma possível...

Crédito da imagem: 

Jonas_Arte: https://www.facebook.com/jonasartesvisuais

segunda-feira, 3 de maio de 2021

Autorretrato na Pandemia

 

Caro leitor (a) do blog História Mundi, este que vos escreve tem entre as suas atividades paralelas o desenho e a pintura. As mesmas foram sendo aprendidas a partir da formação iniciada no distante ano de 1975, com o reconhecido artista plástico e querido amigo Martins de Porangaba. Desde essa época procuro, sempre que possível, exercitar as minhas mãos, sobretudo no desenho, para não perder a essência e o alicerce das belas artes. Os percalços da vida nem sempre permitiram que eu desenvolvesse um trabalho continuo, mas sempre que posso frequento as sessões de modelo vivo, inicialmente no Museu Lasar Segall, na Pinacoteca do Estado e nos últimos anos na Associação Paulista de Belas Artes (APBA). Pouco antes da pandemia, tinha começado a participar também das sessões de desenho de figura humana no Centro Cultural São Paulo. Até consegui ganhar alguns prêmios em salões de arte participando de exposições coletivas e mesmo de uma mostra com desenhos de modelo vivo na Pinacoteca do Estado em 1990. 

Pois bem, há alguns meses o jornalista, radialista, escritor e crítico de arte Oscar D'Ambrosio tem proposto nas redes sociais uma série de temas relevantes, para que os artistas desenvolvam trabalhos associados a esses mesmos assuntos. Atendendo a solicitação do prestigioso jornalista e escritor, resolvi enviar-lhe um trabalho em torno da questão: "O Que Aprendemos com a Pandemia". Trata-se de um autorretrato que eu mesmo intitulei de "Autorretrato na Pandemia" e que aparece na imagem acima, na abertura desta postagem. Se não bastasse ter o meu trabalho publicado, Oscar D'Ambrosio escreveu um simpático texto sobre a obra, o qual reproduzo aqui:


"Autorretrato na Pandemia", desenho de José Jonas Almeida, nos faz lembrar da importância do desenho como forma de manifestação visual. Trata-se de uma espécie de impressão digital do artista pela qual ele apresenta e representa a sua concepção de mundo. Nesse aspecto, a imagem da esquerda traz todo um exercício com a linha, que funciona como um percurso da existência. A da direita já se vale da cor como elemento para multiplicar os recursos expressivos. Nos dois autorretratos, que se relacionam como uma só imagem, surge a potência do desenho como uma forma de expressar um sentimento de estar no mundo, com todas as suas possibilidades. José Jonas Almeida se apresenta com máscara, retratando um momento histórico que vem deixando e deixará marcas em todos das mais diversas maneiras, tanto no aspecto de saúde física, como, o que não pode ser negligenciado, no da saúde mental. 

                                                                                                             

Para os interessados em conhecer o projeto de Oscar D'Ambrosio e ver também os demais trabalhos apresentados por outros grandes artistas, deixo aqui o link de sua página: 

https://oscardambrosio.com.br/