Sempre ao lado do povo latino-americano...
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Joe Biden (foto acima), do Partido Democrata, foi eleito o 46º presidente dos Estados Unidos da América. A sua vitória deve ser vista como positiva no sentido de trazer um ambiente mais favorável ao pensamento progressista (voltado aos avanços sociais e culturais) e contrário às teses ultradireitistas, muitas das quais beiram até mesmo ao fascismo. Contudo, vamos diretamente ao aspecto que nos diz respeito, ou seja, à América Latina, onde o nosso país está incluído. Não se vislumbram mudanças substanciais a curto ou médio prazos nas relações estadunidenses com essa parcela importante do continente americano. Devemos recordar ao caro leitor, que o imperialismo ianque é o mais atuante do planeta e as intervenções militares em várias regiões do mundo comprovam isso. O atual presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, é um servidor fiel dos interesses de Washington, independentemente de quem ocupe a chefia da Casa Branca. Por outro lado, o declínio econômico e geopolítico dos Estados Unidos está escancarado diante das crescentes rivalidades com a Rússia e a China. Além disso, o país sai das eleições profundamente dividido e carregado com as sombras do passado, dos tempos da Guerra de Secessão (1861-1865). As desigualdades sociais aumentaram, a juventude está longe do antigo "sonho americano" e sem perspectiva de futuro com o desemprego crescente, tudo isso diante da ascensão da China como potência industrial e grande rival no campo econômico. Ainda acrescentamos o ressurgimento da violência contra a população afrodescendente e a crise gerada pela pandemia da covid-19, que agravam um quadro social que, por si só, já era preocupante.
Exatamente por isso, os Estados Unidos tentam recuperar a sua influência no seu antigo quintal latino-americano e nós continuamos atrelados a essa mesma influência. Se a eleição do democrata Joe Biden e a derrota do republicano Donald Trump prejudicam Bolsonaro a ponto de inviabilizar a sua reeleição em 2022, só o tempo poderá esclarecer. Lembremos que estamos próximos das eleições municipais e o resultado das mesmas também podem influenciar num futuro cenário de corrida presidencial. De qualquer forma, o Brasil precisa se posicionar de modo independente no cenário mundial, aproveitar melhor a transição do eixo econômico do oeste para o leste e rearticular-se com o bloco dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), saindo do alinhamento automático com os Estados Unidos, que não tem sido benéfico ao país. Internamente, dar atenção à desigualdade social, às parcelas da sociedade desfavorecidas e não apenas conceder privilégios aos que já são privilegiados. Tais demandas exigirão mobilizações políticas e uma atenção maior dos partidos de esquerda, os quais deveriam ser os mais receptivos às grandes transformações, para a construção de uma nação verdadeiramente livre e justa, algo do qual estamos muito longe. A eleição de Biden, de modo algum, atenua a necessidade da realização de uma série de tarefas, para que o Brasil saia, em definitivo, de sua condição de nação subalterna...
Crédito da imagem: CNN Brasil.
O filme "Com 007 Só Se Vive Duas Vezes" de 1967, dirigido por Lewis Gilbert, era para ter sido o último a ter o ator Sean Connery (1930-2020) no papel do agente secreto James Bond. Contudo, a pedido dos produtores e com um caminhão de dinheiro, ele retornou em 1971 em "007 Os Diamantes São Eternos". Quem assistiu a esta última película, podia perceber que o personagem já não o empolgava mais. Apesar disso, onze anos depois, ele ainda fez "Nunca mais Outra Vez", quase que como uma brincadeira ou despedida, a fim de se libertar de vez da imagem que o tornou famoso. Ao conquistar o Oscar de ator coadjuvante em 1987, por sua participação em "Os Intocáveis" do diretor Brian de Palma, Connery provou definitivamente o seu talento como ator, passando a ser requisitado por grandes diretores, para interpretar papéis notáveis e inesquecíveis, como o pai de Indiana Jones em "Indiana Jones e a última Cruzada" de 1989, sob a batuta de Steven Spielberg.
No que diz respeito ao público brasileiro, o filme que aparece no anúncio traz uma curiosidade. Foi da trilha sonora do mesmo que foi extraído o tema de abertura do programa "Amaral Neto, o Repórter", levado ao ar pela TV Globo entre os anos de 1968 a 1981 (acima, vinheta do programa e Amaral Netto sendo filmado). A música tinha o título de A Drop in the Ocean e era de autoria do compositor John Barry. O programa, comandado pelo então deputado federal Amaral Netto, ficou conhecido por exaltar as obras do governo militar brasileiro, como a abertura de rodovias (a Transamazônica foi uma delas), a construção da ponte Rio-Niterói e a hidrelétrica de Itaipu, sobretudo na fase do chamado Milagre Econômico (1969-1973). No Congresso Nacional, Amaral Netto fechou fileiras com a ala governista dentro da ARENA (Aliança Renovadora Nacional), que depois se transformou no PDS (Partido Democrático Social), partidos que sustentavam o governo militar.
O Anúncio Antigo acima, que destaca o antigo cine Ouro, localizado no centro de São Paulo e que tinha uma decoração interior que nos remetia ao período colonial, foi publicado no jornal O Estado de S. Paulo de 30 de março de 1969, página 18-1.
Crédito das imagens:
Vinheta de Amaral Netto, o Repórter: Youtube
Foto de Amaral Netto: Facebook
No site indicado no cartaz acima, a Festa Virtual do Livro da USP ocorrerá, de forma ininterrupta, entre os dias 9.11 (a partir das 9 horas) e 15.11.2020 (até as 23h59). Cada editora terá uma página para exibir os seus títulos com desconto e direcionar os visitantes para as lojas virtuais, onde ocorrerão todas as etapas referentes à compra, como forma de pagamento, valor do frete e prazo de entrega. Portanto, o interessado participará de tudo sem precisar sair de casa ou de se expor ao risco de contágio. Tudo isso para adquirir livros a preços módicos.
Ah, não nos esqueçamos, o site para poder fazer tudo isso e verificar também as editoras participantes:
http://paineira.usp.br/festadolivro/