Caro leitor (a), houve uma época em que existiam elixires voltados para as mais diversas finalidades. Mas, antes de mais nada, o que é um elixir? A palavra tem origem árabe, Al-Ikseer e o produto ao qual ela designa constitui um preparado com um ingrediente ativo (como a morfina, por exemplo) e que é dissolvido em uma solução, que contém álcool etílico em porcentagem variada. O elixir sempre deve ser ingerido por via oral. A composição dos mesmos é variável, de acordo com a finalidade para a qual são produzidos, sendo geralmente açucarados ou glicerinados, contendo substâncias aromáticas. Tais produtos ficaram muito conhecidos a partir da Idade Média, possivelmente pela presença árabe na Europa Ocidental (Península Ibérica). Em geral, eram voltados para melhorar a visão, para o funcionamento da circulação do sangue e curar vários tipos de enfermidades.
No Brasil, na primeira metade do século XX, a grande preocupação era com as pessoas fracas e magras, que aparentavam indisposição e desânimo. Na verdade, a má alimentação e a fome, comum no Brasil, eram as causadoras de boa parte desses males, como apontava o conhecido pesquisador do tema Josué de Castro (1908-1973), que por seu trabalho chegou a ser indicado ao Prêmio Nobel da Paz. Para ajudar a superar essas deficiências era recomendado o consumo de alimentos que contivessem vitaminas B, C, D e E ou ainda elementos como o ferro e o cálcio. Além disso, médicos, farmácias e laboratórios lançavam elixires voltados para combater esses problemas.
No anúncio acima vemos um deles, o elixir Nutrion, sobre o qual não encontramos nenhuma informação específica e nem a composição do mesmo. A figura do anúncio até lembra um personagem mitológico, talvez um Hércules, numa associação com a força física. De maneira geral, os jovens eram estimulados a se alimentarem bem, sendo que muitos desses elixires ou preparados eram recomendados para "abrir o apetite", como se dizia. Isso não vai tão longe assim. Até a década de 1970 constituía uma grande preocupação dos pais. Porém, com a enorme proliferação de alimentos industrializados e os famosos fast foods, a questão se inverteu. Hoje o cuidado dos médicos e nutricionistas não é em abrir o apetite, mas sim em controlá-lo e melhorar a qualidade da alimentação.
No anúncio acima vemos um deles, o elixir Nutrion, sobre o qual não encontramos nenhuma informação específica e nem a composição do mesmo. A figura do anúncio até lembra um personagem mitológico, talvez um Hércules, numa associação com a força física. De maneira geral, os jovens eram estimulados a se alimentarem bem, sendo que muitos desses elixires ou preparados eram recomendados para "abrir o apetite", como se dizia. Isso não vai tão longe assim. Até a década de 1970 constituía uma grande preocupação dos pais. Porém, com a enorme proliferação de alimentos industrializados e os famosos fast foods, a questão se inverteu. Hoje o cuidado dos médicos e nutricionistas não é em abrir o apetite, mas sim em controlá-lo e melhorar a qualidade da alimentação.
O Anúncio Antigo acima foi publicado na Revista do Brasil, na edição de setembro de 1923, página 6. Um detalhe curioso é o de que essa revista tinha como editores duas figuras importantes das nossas letras: Paulo Prado e Monteiro Lobato...