A coerência nos atos e atitudes é uma característica do Padre Júlio Lancellotti. Sair aos quatro cantos do mundo professando aos gritos a crença em Deus e o amor ao próximo é fácil. Difícil é colocar isso em prática de forma consciente e movido pela solidariedade em relação aos mais necessitados e aos discriminados pela pobreza extrema, cor da pele, orientação sexual ou seja lá por qual motivo for. O autor desta biografia, Luiz Eduardo de Carvalho, conhece o Padre Júlio há muitos anos. Ambos cidadãos paulistanos e também por terem sido vizinhos de bairro, o Belenzinho, aliás onde este que vos escreve viveu a maior parte de sua vida (e, de certa forma, ainda vive). Por tudo isso, a obra desperta um grande interesse, sobretudo por aqueles que, de fato, amam a cidade de São Paulo e anseiam pelo bem-estar de todos os seus moradores. Todos, que fique bem claro! Algo ainda muito, mas muito distante da realidade. Mas o Padre Júlio Lancellotti e esta obra que será apresentada ao público no dia 7 de maio, farão com que sempre nos lembremos do dilema dos sem-teto e dos moradores de rua, algo que os administradores atuais da cidade de São Paulo desejam jogar por debaixo do tapete ou até mesmo enviá-los a lugares distantes, como se essas ações resolvessem o problema. Há dois mil anos atrás um indivíduo, bem famoso, lembrou que medidas similares não eram a solução. Ao colocarmos o pé nos logradouros da maior cidade brasileira, percebemos que ele estava absolutamente correto...
Que legal, será que na biografia ele fala que é comunista, que não crê em Nosso Senhor Jesus Cristo e ainda gosta de abusar sexualmente de rapazes?
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